Médica da Fiocruz Bahia recebe prêmio da Sociedade Internacional de Patologia Urológica
Para Maiara, a premiação é uma honra, não só por ser a primeira vez que a ISUP concede um prêmio a uma patologista brasileira, mas também porque muitos autores que hoje são destaques na Patologia Urológica receberam esta honraria no passado. “Fico ainda mais orgulhosa porque o prêmio veio para Bahia. Fiz toda minha formação na UFBA, no Hospital Universitário Professor Edgard Santos e, agora, curso a pós-graduação em Patologia, da UFBA e Fiocruz Bahia. Apesar de importante, nem sempre precisamos de estágios em outros estados ou países para ter uma formação acadêmica e de pesquisa com qualidade”, declara a médica.
A Coordenação do PGPAT avalia que a premiação da discente é motivo de orgulho e contribui para a excelência do programa que no ano que vem comemora 50 anos de uma história de sucesso na formação de patologistas no país. “A premiação recebida endossa a dedicação da discente e do seu orientador, em um tema de estudo de grande relevância, ao tempo que contribui para a sua trajetória acadêmica no âmbito internacional. Também ratifica a importância dos programas de Pós-Graduação e o investimento em instituições públicas de pesquisa e ensino no Brasil”, afirma Valéria Borges, coordenadora do programa.
O prêmio leva em conta toda a carreira dos patologistas em formação. Orientada por Daniel Athanazio, professor do PGPAT, a tese de doutorado de Maiara Ferreira, que tem foco em biomarcadores de prognóstico no câncer de próstata de baixo risco, é um dos destaques, bem como o trabalho apresentado com dados preliminares, no Congresso Brasileiro de Patologia em Fortaleza, em 2019. O estudo, que tratou da expressão da proteína PTEN em biópsias de próstata – a perda da expressão em tumores de próstata vem sendo relacionada a comportamento mais agressivo -, ganhou o prêmio de bolsa de médico residente oferecido pela Sociedade Brasileira de Patologia.
“Sem dúvida este reconhecimento é um estímulo muito grande para que eu continue minha formação acadêmica e produção científica. Mas a maior alegria é ter o trabalho reconhecido pela Sociedade Internacional de Patologia Urológica. Nós patologistas, desde o começo de nossa formação, usamos os critérios definidos em consensos e publicações desta sociedade. É muito recompensador fazer parte de tudo isso”, comemora. Este ano, além da brasileira, também receberam o prêmio Robert Humble e Rayan Rammal, dos EUA, e Calim Gurbuz Begüm, da Turquia.
Fonte: Fiocruz Bahia