Univasf conquista quinta patente por invenção científica
Desenvolver um material capaz de minimizar a contaminação das águas residuais por micro-organismos. Este foi o principal objetivo da pesquisa que deu origem à concessão da quinta patente da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O produto tecnológico denominado “Filtro para Desinfecção de Água baseado em Espuma de Poliuretano/Nanotubo de Carbono/Polianilina” obteve o deferimento divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no último dia 11 de julho.
Os inventores do novo produto tecnológico são os professores da Univasf Helinando Pequeno de Oliveira, Mateus Matiuzzi da Costa e Marcelo Reis dos Santos. O filtro foi decorrente da tese de doutorado de Santos que trabalhou com a atividade antibacteriana em polianilina e sua associação com materiais naturais, durante o curso do Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
O trabalho teve a colaboração de Mateus Matiuzzi e orientação de Helinando Pequeno de Oliveira, professor do Renorbio, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Materiais e do Colegiado de Engenharia Elétrica da Univasf. “A ideia foi produzir um filtro com o polímero condutor, plástico que conduz eletricidade, como princípio ativo filtrante, dado o seu poder antibacteriano. Com isso, a partir de um fluxo de solução pelo dispositivo se tem a retenção dos microorganismos nos poros do filtro, resultando em água descontaminada em sua saída”, conta Oliveira.
O processo de criação da invenção é detalhado por Marcelo Santos, docente do Colegiado de Ciências da Natureza, Campus Senhor do Bonfim da Univasf. “Inicialmente realizamos o trabalho de preparação do elemento filtrante do nosso protótipo a partir da modificação química da esponja de poliuretano, usada comumente na lavagem de utensílios domésticos, aliada a polianilina, um polímero condutor e nanotubos de carbono. Como resultado, obtivemos uma esponja altamente porosa e com excelentes propriedades bactericidas”, explica Santos que está feliz com o resultado alcançado. “Foi com grande alegria e satisfação que recebi a notícia da concessão da quinta patente da instituição, o que nos dá motivação para continuarmos desenvolvendo pesquisas em prol da sociedade.”
Esta é quarta carta patente de Oliveira, a terceira pela Univasf, e o professor sente-se recompensado pelo trabalho desenvolvido. “Pelo longo processo que compreende o período entre depósito do pedido e a concessão da carta e todas as etapas de exigência que se dão neste intervalo, a sensação é de dever cumprido. Em especial nesta carta patente, que foi a primeira de nosso grupo que foi concedida sem exigências, o que é algo raríssimo”, afirma.
A diretora institucional de inovação do Núcleo de Inovação Tecnológica da Univasf Cátia Valéria Passos destaca a celeridade no processo de concessão da quinta patente da instituição. “Isto mostra o potencial dos nossos pesquisadores. São necessárias diversas análises pelo INPI até a concessão e essa patente não recebeu nenhuma exigência formal ou técnica, ou seja, após publicação do pedido em 2020, foi deferida agora em 2023”, diz Cátia.
Fonte: Univasf
Foto: Univasf – divulgação (Marcelo Santos, Helinando Pequeno de Oliveira e Mateus Matiuzzi, autores da invenção)